Ao passar por uma rua, praça ou bairro mais degradado, sempre me pergunto que/quais possibilidades estariam mais acessíveis a nós, cidadãos, para melhorar o seu aspecto paisagístico. Pintar aquele muro pichado? Catar o lixo espalhado pelo chão? Recuperar aquele canteiro abandonado? Há muitos etceteras por enumerar.
Jardim bem cuidado na agitada praia de Reñaca, distrito de Viña del Mar, no Chile. Por lá, gramado e flores são elementos essenciais pelas ruas, seja no lado pobre ou sul das cidades.
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| Jardim suspenso no Centro de Santiago |
Na viagem que eu fiz ao Chile na última semana fiquei encantado, por exemplo, com os seus jardins. Seja em lugar rico ou mais pobre eles são muito bem preservados, fazem parte do espaço urbano e definitivamente não são agredidos como (infelizmente) acontece no Rio de Janeiro. O Chile ainda é um país agraciado por portar cada espécie de flores mais linda do que a outra. Cores vivas, parecem até artificiais de tão bonitas. Sem falar nos girassóis e margaridas expostas pelas ruas. E ninguém se atreve a arrancá-los!
Dentro desse tópico dos jardins chilenos, um detalhe muito especial de lá são os jardins suspensos. Na verdade, esses jardins suspensos (nomeados por mim desta forma!) são dois ou quatro vasos de flores presos no topo de um poste. Eles estão mais presentes na litorânea Viña Del Mar do que na capital Santiago. Viña, inclusive, é apelidada de cidade jardim por ser arborizada e florida em excesso.
Os jardins suspensos contam com flores de cores muito vivas e, em alguns casos, poderiam até se passar por cafonas, pelo seu aspecto quase artificial. Mas não são! Pelo contrário; mostram como um detalhe simples e barato pode ajudar a melhorar o panorama de uma rua feia ou mais cinzenta. Há muitas soluções baratas para a recuperação da auto-estima de um espaço urbano. A jardinagem é uma dessas, acredito veemente nisso.
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| Jardim suspenso em rua de Viña del Mar |
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| Centro de Santiago com o Museu Histórico Nacional |
Jardins suspensos em dois momentos - na Plaza de Armas, Centro da capital Santiago, e, à direita, em praça em sector elegante de Viña del Mar.
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2 comentários:
Paisagismo utilizado em Miami e em geral no sul da Flórida deveria servir de modelo para o Departamento de Parques e Jardins do Rio de Janeiro.
Acho que falta ao Rio uma atenção mais especial da Fundação Parques e Jardins em relação ao espaço urbano. Não há uma "marca registrada" da cidade em relação a esse tipo de mobiliário urbano, diríamos assim. Eu aposto na jardinagem como um dos elementos fundamentais da recuperação de áreas mais degradadas. A cobertura por plantas em muros pichados, o reaproveitamento de canteiros sem uso... são medidas baratas.
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